segunda-feira, 17 de abril de 2017

Três crianças de três anos

Na noite de 17 de abril de 2014, eu e o André aguardávamos ansiosos num quarto de maternidade o momento em que tudo mudaria de vez na nossa vida: o parto dos trigêmeos. Na manhã do dia seguinte, conheceríamos Henrique, Eduardo e Gustavo. 

Hoje os meninos estão grandões, bem espertos e cada vez mais unidos. E neste 18 de abril completam seu terceiro aniversário. A caminhada até aqui não foi fácil. Encontramos alguns obstáculos no percurso e encaramos tudo ora com determinação ora no modo automático mesmo. Tivemos momentos de desespero e esgotamento físico e mental. Hoje, quando vemos fotos dos meninos na fase bebê, achamos muito lindo e emocionante, mas NÃO, não sentimos saudades, como muita gente falou que ia acontecer.

A situação agora mudou bastante. Temos notado uma evolução muito grande no comportamento deles e, também como disseram (e dessa vez tinham razão!), as coisas vão se ajeitando e tudo vai ficando mais fácil. "Menos difícil", diríamos. Cuidar dos três ainda exige muita disposição, mas ficou bem mais leve e divertido. Os três estão engraçadíssimos, com aquelas pérolas que fazem os pais caírem na risada. Já entendem e falam tudo, criam brincadeiras com os bonecos dos super-heróis, mudando o tom de voz, fingem que são outras pessoas (papai, avô e titio), inventam brincadeiras de deixar o bebê na creche ("Tia, o bebê se comportou? Comeu tudo?", perguntam) e estão curtindo chutar bola ao gol. 

Também estão indo bem no desfralde, que começamos em dezembro por pura falta de coragem de começar antes. Ainda dormem de fralda, mas durante o dia pedem para ir ao banheiro. Gustavo não gosta de ajuda, pede até para fechar a porta. Só chama no final. Henrique também está querendo mostrar independência, e abaixa a calça e a cueca sozinho. O Eduardo ainda quer que a gente vá junto e fica batendo papo enquanto está sentado no penico. Cada um no seu tempo.

A união entre eles também é algo que tem se destacado bastante. Os três são praticamente uma gangue! As brigas ainda existem, principalmente na disputa por brinquedos, mas eles têm muita cumplicidade. "Você vai ficar de castigo!", dizemos ao Henrique. E o Gustavo sai em defesa: "Eu não vou deixar!" O André sai do quarto e dá uma bronca no Gustavo. E o Eduardo diz: "Volta para o quarto, papai!". Temos que nos controlar para não cair na gargalhada. O Gustavo não pode ver os irmãos chorando que bota a mão no rostinho deles e pergunta: "Henrique, Eduardo, o que foi?" Outra coisa engraçada é quando um vai para o banho e pede para a gente parar o desenho e esperá-lo voltar. Se tentarmos retomar o desenho logo, o Eduardo manda parar na hora: "Espera o irmão!". Até o Henrique, "filho único com dois irmãos", costuma abraçar o Eduardo ou o Gustavo e dizer "Meu amigão!".

O sono também deu uma melhorada. O assunto rende um post à parte. Mas, resumindo, Gustavo dorme a noite toda, Henrique tem acordado rapidamente uma vez e o Eduardo... ah, o Eduardo... adora a madrugada. Mas também tem dormido um pouco melhor. Há esperança! rsrsrs

Os meninos chegam aos três anos assim, unidos e espertos. Ainda temos muitos desafios pela frente, mas em geral está dando tudo certo. Assim que eles nasceram, os meus pais plantaram três árvores/plantas, cada uma com a inicial dos nomes deles. No último Carnaval teve até "solenidade" de inauguração das plaquinhas com os respectivos nomes. Esperamos que cresçam saudáveis e que rendam belas flores e frutos!



Salvando o mundo!

Piratas no Carnaval 2017


Brincando juntos

Inauguração das plaquinhas

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Novos voos

Desde que compramos as passagens de fim de ano para São Paulo, ficamos na maior expectativa de como seria a primeira viagem de avião dos meninos (e os quatro dias em que ficaríamos sem a ajuda das babás). O objetivo era passar o Natal com a família do André e apresentar os meninos à bisa Maria. Para quem está acostumado a ir com os trigêmeos no máximo até a praia, pracinha e teatro, uma viagem para outro estado seria uma grande aventura.

Meses depois, no dia 24 de dezembro pela manhã, saímos de casa rumo ao aeroporto: eu, André, minha irmã Evelyn e os meninos. Apesar do friozinho na barriga, estávamos bem animados porque os meninos em geral se comportam bem. O check-in e o embarque transcorreram bem e, já dentro do avião, mais uma vez vimos o quanto eles têm personalidades diferentes. Com a aeronave ainda no chão, o Eduardo e o Gustavo mostraram curiosidade por tudo, queriam mexer no cinto, na bandeja, no encosto do braço, abrir e fechar a “persiana” da janela. Já o Henrique estava comportadíssimo, só faltou abrir uma revista! Depois da decolagem, Eduardo se interessou em ver a paisagem lá fora, Gustavo ficou meio apreensivo e Henrique passou o voo inteiro apertando a mão da tia (ele chegou à conclusão que gosta de andar de avião, mas não de voar... Sou obrigada a concordar com ele!).

Chegando na casa dos avós Beto e Amélia, onde um quarto equipado com bercinhos camping, fraldas, lencinhos e leite já os esperava, os meninos almoçaram e dormiram, em preparação para a noite de Natal. Antes da festa, fizemos uma “linha de produção de banho”, que se repetiria nos dias seguintes: quando o André terminava de dar banho em um deles no chuveiro, eu já levava outro para ele e pegava o que estava limpo para arrumá-lo no quarto. As roupas (e trajes reservas) já saíram todas definidas aqui do Rio, para facilitar a logística. Todos prontos (e nós também, claro), partimos para a ceia na casa da madrinha do André, onde os meninos fizeram o maior sucesso. A noite foi ótima e eles se divertiram muito, principalmente com a chegada do Papai Noel. O legal foi poder reunir as famílias do Rio e de SP (meus pais também estavam lá). Por volta das 23h, fomos para casa, botamos os três para dormir e torcemos para que a noite fosse tranquila (não foi, mas conseguimos descansar um pouco mais de manhã, com a ajuda dos avós).

Nos dias seguintes, mais diversão: almoço na casa dos tios do André, onde os meninos finalmente conheceram a bisa Maria, visita ao tio Iuri e ao quarto cheio de brinquedos da Nina, enteada da minha irmã, e muita brincadeira no play dos primos Lucas e Bianca. Nós também aproveitamos para dar uma turistada: deixamos as crianças com a família do André para um almoço especial no Eataly.

Na noite anterior ao nosso retorno, arrumamos as malas (uma veio só de presentes que eles ganharam) e torcemos de novo por uma boa noite de sono (dessa vez, fomos atendidos!). O voo da volta foi tranquilo e, já em Copacabana, antes de entrarmos em casa, a tia Evelyn arrumou os nossos presentes para os meninos na árvore de Natal, e dissemos a eles que o Papai Noel tinha estado lá enquanto viajávamos. Alegria total.

Fazendo um balanço da viagem, apesar de todo o cansaço envolvido, percebemos que os meninos já estão brincando mais soltos, com menos necessidade de supervisão, e até nos animamos a arriscar um pouquinho mais nos passeios. Com coragem e planejamento, podemos ir longe!

Aeroportos podem ser bem divertidos!
Animados com o primeiro voo.
Papai Noel e o trio seresteiro.

Momento de apresentação à bisa Maria.

Confraternização de primos.
Farra no quarto da Nina.