sexta-feira, 17 de junho de 2016

Pequenos astros

Quando as nossas amigas Bianca e Renata, donas do Ih! Babies, entraram em contato conosco para convidar os meninos a participarem da gravação de um e-comercial, ficamos muito animados. A ideia do site é genial: os pais fazem a lista do que querem ganhar de enxoval para o neném e recebem os presentes em dinheiro. O roteiro do clipe também era muito bacana, com a criançada fazendo a maior bagunça para mostrar que é melhor pegar leve na organização do chá de bebê, guardando as energias para depois do parto. O evento contaria ainda com espaço para os pequenos brincarem e para os pais confraternizarem. Confirmamos presença e aguardamos ansiosos o dia da filmagem.

A propaganda virtual foi gravada em uma manhã, num estúdio que ocupa uma casa no tradicional bairro carioca de Santa Teresa. O ambiente era bem convidativo, e a equipe mais que simpática, mas os meninos chegaram bem ressabiados. Não devem ter entendido nada do que estava acontecendo. As gravações já tinham começado, por isso nos dirigimos aos fundos da casa, uma área externa com mesinha de café da manhã e muitos brinquedos para a garotada. 

Na hora da filmagem dos meninos, deixamos eles só de fralda e os botamos de frente para as câmeras. A ideia era que derrubassem um jogo montado de dominós, mas eles ficaram bem tímidos. Henrique não quis largar o pai, e o Eduardo e Gustavo ficaram parados com uma carinha de "O que está acontecendo?". Em casa, não daria tempo nem de montar cinco peças, que tudo já seria derrubado. Mas ali eles meio que travaram, até o Eduardo quebrar o gelo e o Gustavo entrar também na onda. Na segunda cena, de legos, os meninos já estavam mais à vontade, principalmente o Eduardo. Mas o Henrique continuava tímido e nervoso. Fiz de tudo para ele se juntar aos irmãos, pois não ter o trio completo no comercial seria uma pena. Foi aí que, nos poucos segundos em que ele permaneceu em frente às câmeras, chorando, o Eduardo lhe deu um abraço, criando uma cena linda.

Depois da filmagem, voltamos para a área externa, e aí os três se divertiram bastante com os brinquedos e os amiguinhos. Chegamos em casa já atrasados para o almoço e a soneca da tarde deles, mas a quebra na rotina valeu muito a pena, e confesso que já assisti ao vídeo umas mil vezes!




Diversão nos bastidores!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Ganhando em real, gastando em euro

Uma das frases que mais ouvimos sobre ser pais de trigêmeos é: “Se um já custa caro, imagine três”. E, embora a maioria não nos pergunte diretamente, muita gente fica curiosa em saber quanto gastamos para cuidar dos meninos. Sem falar em valores, eu diria que o custo varia entre o caro, o muito caro e o caríssimo. Quando os bebês tinham onze meses e fomos entrevistados para o programa “Família é Família”, do GNT, respondi sobre o assunto dizendo que estava ganhando em real e pagando tudo em euro, que na época valia R$3. Hoje em dia estamos gastando alguns euros a menos.  Mas não porque as despesas diminuíram, e sim porque a cotação mudou.
Em alguns casos, as pessoas acabam sendo legais com sua situação. Já ouvi algumas vezes: “Não vou te cobrar vezes três, claro”. Mas não podemos nos animar muito pois de 2,5 não há como escapar.  E tudo começa no parto, que envolve um número maior de profissionais que o habitual (são três pediatras na sala!). Para algo tão delicado, que é o nascimento de trigêmeos, você vai querer os mais qualificados que seu dinheiro possa pagar. Se achar alguém que aceite plano, ótimo. Mas nem sempre é assim.
A despesa constante de farmácia é uma das que mais pesam. Remédios, produtos de higiene, leite, lencinhos e as fraldas. Ah, as fraldas! No primeiro ano, foram oito fraldas diárias para cada um. O equivalente a 30 pacotes mensais. Ou 8640 fraldas até o primeiro aniversário. Dinheiro jogado no lixo, literalmente. Mas e aí? Qual a outra opção? Lavar fraldas de pano? Ao menos, os amigos nos ajudaram muito, e no chá de fraldas lotamos um armário gigante. Também ganhamos muitas roupas e, acredite, mesmo para quem tem uma condição financeira razoável, toda ajuda é válida. Tem roupinhas de segunda mão aí? Nossos meninos aceitam, sim.
Outra grande despesa é a creche. Queríamos uma boa instituição, que ficasse perto de casa por conta da logística. Os preços na Zona Sul do Rio de Janeiro são bem salgados. E ainda tem os uniformes: calças, casacos, shorts, camisetas e regatas. Tudo vezes três. Fora que, com as viroses que acabam surgindo devido à convivência com muitas crianças, quem tem três filhos não pode se dar ao luxo de ficar desatendido em casa. Então é a creche e uma babá "faz-tudo" a postos para qualquer eventualidade.
Aliás, um dos nossos maiores custos sempre foi com ajuda contratada. Embora seja um mercado difícil, tivemos a felicidade de encontrar pessoas dedicadas para cuidarem dos meninos. E, para quem tem condições de pagar, recomendamos: pensem nisso logo de cara. Poder dormir razoavelmente e trabalhar tranquilo não tem preço. Aliás, tem, sim. E é caro! Mas, tirando a parte dos impostos, vale todos os centavos. Só não fique pensando que basta pagar e assistir ao espetáculo dos trigêmeos de camarote. Com três bebês em casa, trabalho é o que não falta e, além da ajuda contratada e dos pais, vovó, vovô e titios também entram na dança.
Brincadeiras à parte, quando resolvemos fazer de tudo pelos meninos, a parte financeira estava incluída no processo. Porém, sair de uma situação tranquila para ter que fazer muitas contas no fim do mês causa um grande impacto em qualquer família. Certamente há maneiras mais baratas de cuidar de trigêmeos. Embora tenhamos dificuldade de imaginar como, sabemos que tem gente que faz isso tão bem quanto nós, com menos recursos. A essas pessoas, fica aqui a nossa sincera admiração.