segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Alegrias e tristezas

Este fim de ano não tem sido fácil para a nossa família. Os meninos estão ótimos, muito espertos e brincalhões. As bisas, porém, não andam nada bem de saúde. E a tia-avó Marina, que adorava os trigêmeos, infelizmente nos deixou no mês de outubro. Que período triste! Mas a intenção deste texto não é ser baixo-astral, muito pelo contrário. Tenho pensado bastante no quanto os trigêmeos vêm nos ajudando a encarar o momento. A confusão e correria que provocam em nossa vida, muitas vezes nos deixando exaustos, agora estão sendo valiosas para o nosso bem-estar. 

A minha mãe, que perdeu a irmã e melhor amiga, tem voltado a sorrir a cada graça dos meninos. O meu pai, muito apreensivo com a debilitada saúde da minha avó Carmen, se desliga um pouco de tudo brincando com as crianças. O André está distante da avó, que mora em São Paulo e tem tido problemas de saúde, mas acaba ocupando a mente com cada evolução dos meninos. Eu também consigo ter mais ânimo, e a minha irmã, incansável com a criançada, também se distrai.

No Natal temos planos de viajar para que a avó do André conheça os bisnetos. Como ela não pôde se deslocar para o Rio por conta da idade e nós não tivemos coragem ainda de viajar com eles para uma distância maior, deixamos para este ano esse encontro, com direito a Papai Noel e tudo mais que o período de festas traz. Eles estão muito animados e falam bastante na viagem, afinal é a primeira vez que andarão de avião. Outro dia buscamos eles na creche mais cedo, para ir à pediatra, e o Gustavo desceu a escada dizendo "Vamos passear em São Paulo!" 

Felizmente, no mundo deles está tudo ótimo. Tem brincadeira, pessoas queridas sempre próximas, pracinha, festas e teatrinhos. É claro que eles não entendem o momento pelo qual os adultos estão passando, e nem queremos explicar nada, pois são muito novos. Mas um dia contarei a eles como nos ajudaram neste período. Também farei questão de lembrá-los de como a nossa querida tia Marina brincava de "dedo mindinho, senhor vizinho, fura-bolo..." com eles. E farei questão de que provem os deliciosos pastéis e o empadão de camarão que ela preparava para nós com tanto amor. Das nossas avós Carmen e Maria, que estão conosco, porém bem fraquinhas, quero que herdem a força e disposição (e a habilidade da vovó Carminha de fazer bolos e tortas maravilhosos!).

É, o ano não está mole, mas com muito amor pelos que já se foram, pelos que estão conosco e pelos que chegaram há pouco já agitando o nosso mundo, vamos caminhando!   

Bolinho de aniversário para a tia Marina, em setembro deste ano.

Farra no sofá com a bisa Carminha, quando ela estava bem de saúde.

Jogo da memória, com a família reunida.

Brincando juntos, no parquinho.